domingo, 30 de junho de 2013

SEMANA DE 01 A 05 DE JULHO


TIC e aprendizagem – abordagem das práticas possíveis


Durante essa disciplina conversamos um pouco sobre as características dos alunos de hoje quanto à utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e sobre como o professor necessita de uma formação que contemple alguns desses aspectos.

Encerrando o trabalho que desenvolvemos vamos falar hoje de algumas práticas possíveis, mas não sem antes refletir sobre a universalidade, a quebra das perspectivas de espaço e de tempo que as TIC proporcionam.
Reflitam sobre isso assistindo o vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Us-TVg40ExM 

Iniciando a nossa aula

Vamos começar com a leitura de um texto. Ele foi escrito pela Profª Lynn Alves no final da década de 90, portanto há mais de vinte anos, mas mostra a importância do impacto das TIC na Educação. O texto se intitula “Novas Tecnologias: instrumento, ferramenta ou elementos estruturantes de um novo pensar?” e pode ser acessado em http://www.lynn.pro.br/admin/files/lyn_artigo/ee46d136c2.pdf.

Desenvolvendo o assunto... algumas práticas possíveis



Para respeitar o tempo previsto para nossa aula, da multiplicidade de aplicações práticas das TIC à Educação escolhemos três possibilidades, com o objetivo de estimular você a conhecê-las mais um pouco.
1ª) Softwares educativos
Buscando traduzir o terno software pela junção de soft + ware, pode-se inferir que software une o conceito de “leve”, “macio” com o conceito de “artigo”, “produto”. A tradução literal: “artigo leve”. Por isso, a palavra software, assim com a palavra hardware não possui tradução para o português.
Softwares são programas de computador, um conjunto de instruções ordenadas que são entendidas e executadas pelo computador. Dentre as diversas ferramentas que auxiliam os educandos no processo de aprendizagem  tem-se o computador como um grande aliado. O computador, representando as diversas ferramentas da informática e os softwares educativos  usados na educação, torna-se progressivamente mais importante na capacitação e aperfeiçoamento de alunos, professores e das próprias instituições de ensino.
Os softwares podem ser considerados programas educacionais a partir do momento em sejam projetados por meio de uma metodologia que os contextualizem no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, mesmo um software detalhadamente pensado para mediar a aprendizagem pode deixar a desejar se a metodologia do professor não for adequada ou adaptada a situações específicas de aprendizagem.
Quando se desenvolve um software educacional para apoio ao processo de aprendizagem uma das importantes etapas da produção é definir a concepção pedagógica daqueles que estão envolvidos no seu desenvolvimento e implementação.
É importante saber que, paralelamente a um lucrativo mercado de produção e venda de softwares (software proprietário), há o Software Livre

 O termo software livre corresponde a programas de computador que oferecem liberdade ao usuário, no sentido de poder executar, distribuir, modificar e repassar as alterações. O indivíduo tem a liberdade de alterar o código fonte do sistema operacional, ajustando-o e aperfeiçoando-o de acordo com suas necessidades. Esse sistema é desenvolvido por uma comunidade constituída de colaboradores que desejam partilhar informações e aprimorá-lo, evidenciando sua característica de “colaboração”. Surgiu através das ideias e projetos propostos por Richard Stallman.
Uma boa leitura sobre softwares educativos pode sem feita em http://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/55/1576.

2ª) Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
Conhecidos como AVA os Ambientes Virtuais de Aprendizagem, vem tomando cada vez maior espeço no cenário educacional brasileiro. Segundo Messa (2010):
Em termos conceituais, os AVAs consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do processo educativo (PEREIRA, 2007, p.4). Dessa forma, a qualidade do processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente.
Em consonância com essa evolução e realidade educacional, e na tentativa de alinhar as produções de materiais didáticos que servissem como referenciais para as mais variadas ofertas de cursos na modalidade em educação a distância, o Ministério da Educação (2007), conceitua Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) como:
(...) programas que permitem o armazenamento, a administração e a disponibilização de conteúdos no formato Web. Dentre esses, destacam-se: aulas virtuais, objetos de aprendizagem, simuladores, fóruns, salas de bate-papo, conexões a materiais externos, atividades interativas, tarefas virtuais (webquest), modeladores, animações, textos colaborativos (wiki).
Pode-se dizer que Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) consiste em uma excelente opção de mídia que está sendo utilizada para mediar o processo ensino - aprendizagem a distância. Segundo MCKIMM, JOLLIE e CANTILLON (2003 apud PEREIRA 2007, p. 6):
(...) consiste em um conjunto de ferramentas eletrônicas voltadas ao processo ensino-aprendizagem. Os principais componentes incluem sistemas que podem organizar conteúdos, acompanhar atividades e, fornecer ao estudante suporte on-line e comunicação eletrônica.

Segundo Haguenauer:
É notável que o avanço tecnológico possibilitou uma nova realidade educacional: o ensino mediado por computador. A inserção do computador na educação provoca uma mudança de comportamento dos participantes do processo ensino - aprendizagem. Um de seus efeitos é o aumento crescente da quantidade de informação disponível e acessível aos alunos e professores. Paralelamente, surge a possibilidade de contato remoto entre os participantes do processo através da comunicação pela Internet. Desta forma, a sala de aula perde gradativamente suas fronteiras de tempo e espaço.
Esse novo ambiente de aprendizagem favorece também a reflexão e a reformulação das metodologias de ensino praticadas nas escolas e nas universidades.
O ambiente virtual propicia o resgate de uma postura mais ativa e menos passiva dos alunos. O professor também é afetado por estas mudanças, deixando de ser o centro do processo - detentor de todo o conhecimento – para transformar-se em um mediador das atividades de aprendizagem. Nessa nova realidade, o ensino tende a tornar-se mais individualizado, adaptando-se aos diferentes perfis psicológicos, formas de aprender e comportamentos dos diferentes alunos. O estudo adquire maior flexibilidade, podendo ser realizado de acordo com a disponibilidade de tempo do aluno e no local mais adequado.
O professor também precisa adaptar-se à nova tecnologia e ao seu novo papel na sala de aula virtual. Como essa é uma mudança brusca nos paradigmas do ensino tradicional, a opção pela modalidade semi-presencial atende às dificuldades de difusão e absorção de novas tecnologias, além de permitir um custo mais acessível do que nos programas de ensino totalmente a distância. Esse formato de transição (semi-presencial) não entra em choque com o modelo tradicional, apenas incorpora elementos novos ao modelo com que professores e alunos estão acostumados, facilitando a introdução das novas tecnologias.
O desenvolvimento de materiais didáticos para uso em Ambientes Virtuais de Aprendizagem exige conhecimentos de diversos campos, como informática, programação visual, psicologia da aprendizagem e o conteúdo específico a ser ensinado, o que pressupõe a existência de uma equipe transdisciplinar. Esse novo formato de trabalho leva o professor a uma reformulação de suas práticas e métodos de ensino, de forma a obter uma mudança de qualidade significativa no processo ensino - aprendizagem.

Um dos AVAs mais utilizados hoje em dia é o



Além do AVA em que você está cursando a disciplina vale a pena conhecer alguns outros:

http://www.moodle.ufba.br/course/view.php?id=30 - da Universidade Federal da Bahia




http://moodle.cinted.ufrgs.br/moodle/ - do CINTED / Universidade Federal do Rio Grande do Sul


O Moodle é um software gratuito e há vários tutoriais em vídeo no YouTube  ensinando como criar aulas e utilizar as ferramentas do AVA.
Segundo Nardin, Fruet e Bastos (2009, p.4):
(...) o Moodle possui características construcionista, pois, permite diálogos e ações (diário de bordo, lição, tarefas e exercícios) e potencializa a colaboração através de ferramentas como a wiki que possibilita a composição colaborativa, a interatuação, a formação para a coparticipação ou coautoria. Constitui-se, ainda, comunicacional tendo em vista as ferramentas de comunicação assíncronas: mensagens e fóruns que criam possibilidades interacionais e potencializam o diálogo problematizador em torno de uma temática específica; e síncronas através do chat, que propicia a problematização através da associação com materiais bibliográficos e problematização mediante a definição de questões orientadoras. Possui também característica informacional, apresentando agendamento das atividades mediante Calendário, Notícias e Mural, e potencial Investigativo, o qual permite construir, realizar e disponibilizar pesquisas de Avaliação de forma a orientar a interação e potencializar a reflexão em torno da aprendizagem de um determinado conceito educacional. As tarefas consistem na descrição das atividades de estudo (Alberti e De Bastos, 2008) que serão desenvolvidas pelos estudantes e podem contemplar o envio em formato digital de redações, imagens, solução de problemas, projetos, possibilitando ainda o desenvolvimento de tarefas extraclasse.

3ª) Blog educativo




A terceira escolha se prende ao fato de utilizarmos essa prática no desenvolvimento da nossa disciplina.
Embora não disponha da variedade de ferramentas de interação que um AVA oferece, o Blog ainda pode ser bastante utilizado como estratégia didática.
De acordo com Almeida (2012, p. 181):

Trata-se de uma página da internet usada com características de diário, que pode ser comentada por pessoas em geral ou grupos específicos. Sua estrutura é bastante simples de se criar e manter, ou seja, pode ser criado pelos próprios alunos.
Em comparação com um site comum, o blog oferece uma maior variedade de interação, pois permite atualização rápida de conteúdos a partir da inserção dos chamados posts, que são textos ou informações que podem ser comentadas por seus usuários. Normalmente os comentários ficam centrados nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com frequência para serem comentados. Geralmente os blogs têm políticas de acesso e publicação, por exemplo, podem ser escritos por uma ou um número variável de pessoas, podem ser organizados de forma cronológica inversa, dependendo de sua temática entre outras opções e para participar o usuário deve respeitar as regras determinadas pelo gerenciador.
Os textos produzidos a partir do movimento interativo da comunicação, como é o caso dos blogs, possuem características próprias, mas que podem variar conforme as suas condições de produção, recepção e circulação. A linguagem, o conteúdo e a imagem projetada dependem do perfil de seus usuários, assim, a produção de sentidos ocorre de acordo com a produção e reprodução de textos, mantendo a língua em funcionamento. Quase sempre os textos produzidos nos blogs são curtos, claros, diretos e bem articulados, podendo ou não utilizar outros recursos que não sejam verbais. Em alguns casos, pode-se perceber o uso de argumentos ou imagens que transmitam legitimidade ao assunto.

É importante destacar, no entanto, que um blog criado com objetivos educativos tem características próprias, peculiares e bem diferentes dos Blogs destinado a outras finalidades.

Alguns Blogs educativos:


http://joaomattar.com/blog/joao-mattar/  - De Mattar (João Mattar)


Encerrando a aula...
Esperamos que você tenha gostado da aula de hoje e encerramos com uma citação de

Esperamos que você tenha gostado da aula de hoje e encerramos com uma citação de Postman e Weingarter: “o conhecimento não está nos livros à espera de que alguém venha aprendê-lo; o conhecimento é produzido em resposta a perguntas; todo novo conhecimento resulta de novas perguntas, muitas vezes novas perguntas sobre velhas perguntas” (1969, p.23).


Referências Bibliográficas
ALMEIDA, J. M. et al. Uso do Blog na Escola: Recurso didático ou objeto de divulgação? Revista Interscience Place. Edição 22, volume 1, artigo nº 10, Julho/Setembro 2012. Disponível em http://www.interscienceplace.org/interscienceplace/article/view/448/298.
ALVES, Lynn. Novas Tecnologias: instrumento, ferramenta ou elementos estruturantes de um novo pensar? Disponível em http://www.lynn.pro.br/admin/files/lyn_artigo/ee46d136c2.pdf.
DANTAS, G. G. C. & AQUINO, M. de A. Aprendendo com o uso de softwares educativos para ativar inteligências múltiplas. Disponível em http://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/55/1576.
MESSA, W. C. Utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs: A busca por uma aprendizagem significativa. Revista da ABED. Vol. 9, 2010. Disponível em http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2010/2010_2462010174147.pdf.
NARDIN, FRUET e BARROS. Potencialidades tecnológicas e educacionais em ambiente virtual de ensino-aprendizagem livre. Revista RENOTE Novas Tecnologias na Educação. V 7, n,3, dezembro 2009. Disponível em
Postman, Neil & Weingartner, Charles. Teaching as a subversive activity. New York: Dell Publishing Co, 1969.







domingo, 23 de junho de 2013


SEMANA DE 24 A 28 DE JUNHO

O professor está preparado para esta mudança?

Essa é a pergunta que vai orientar a nossa aula de hoje.
Iniciando a nossa aula
Comecemos com uma reflexão pertinente ao tema:
“A tecnologia não é um destino, mas uma cena de luta, quando escolhemos as nossas tecnologias nos tornamos o que somos, o que, por sua vez, configura o nosso futuro”. (Sancho, 1998, p.34)
Com a chegada da mediação pedagógica com a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação à sala de aula presencial como o professor pode atuar? Quais são as grandes diferenças encontradas.
Bastos (1988, p. 32) define tecnologia como “... a capacidade de perceber, compreender, criar, adaptar, organizar e produzir insumos, produtos e serviços. Em outros termos, a tecnologia transcende a dimensão puramente técnica, ao desenvolvimento experimental ou à pesquisa em laboratório; ela envolve dimensões de engenharia de produção, qualidade, gerência, marketing, assistência técnica, vendas, dentre outras, que a tornam um vetor fundamental de expressão da cultura das sociedades”.
E os cursos de formação de docentes? Eles acompanharam essas mudanças?

Convidamos você a assistir um vídeo da palestra realizada em fevereiro de 2012 durante a Jornada Pedagógica dos professores presenciais e ministrantes do Centro de Mídias de Educação do Amazonas, cujo tema geral foi: Didática e Organização Curricular do Ensino Mediado por Tecnologias.
Ele pode ser assistido em http://www.youtube.com/watch?v=qmN5VIZbNAQ 
O livro “El profe Virtual” é muito interessante para os que, como nós, estudamos esse tema. Os que dominam a leitura em espanhol pode acessá-lo gratuitamente e na íntegra em  http://www.slideshare.net/profevirtual/el-profe-virtual

Discutindo alguns pontos relativos à formação de professores para a inserção das TIC em sua prática
“Quando se fala em tecnologias na escola, tem se preocupado muito com questões técnicas, relativas aos equipamentos, deixando de lado o elemento central de qualquer ato pedagógico, que é o professor”. (BRITO e PURIFICAÇÃO, 2006, P. 27).


Elencamos algumas questões sobre a formação docente e que gostaríamos que você refletisse e trocasse com os seus colegas à luz do que estudamos até agora:
n  Um curso de formação de professores deve proporcionar a eles o domínio dos aspectos técnicos e intelectuais.
n  As necessidades reais de cada professor devem ser levadas em conta em um curso de formação.
n  As máquinas por si só não contribuem para a evolução e o sucesso dos processos de ensino e aprendizagem.
n  Para que a prática pedagógica se modifique são necessárias as constantes reflexão e ação.

Os “dez mandamentos” para o professor nos dias de hoje


José Carlos Antonio, em um artigo do Blog “Professor Digital” apresenta dez novos mandamentos para o professor atuar utilizando a mediação das TIC:
Já foi o tempo em que você precisava aprender tudo antes para, somente depois, poder ensinar um pouco do que sabia aos seus alunos, ou seja, para “passar” o seu conhecimento para eles. Os novos paradigmas de que você precisa são bastante diferentes daqueles que você tinha quando aprendeu com seus velhos professores. A seguir vão 10 “novos” (talvez nem tanto) paradigmas de que você precisará para os dias atuais:
1. Aprender enquanto utiliza, e utilizar enquanto aprende!
Você não precisa de um curso para aprender a usar o Twitter, o YouTube, o Google Docs ou as demais ferramentas para, somente depois, poder utilizá-las. Você só precisa começar a usá-las e, então, precisa entender que é utilizando-as que você aprenderá a utilizá-las cada melhor.
2. Aprender errando e corrigindo!
As ferramentas da Web 2.0 e as TICs em geral “admitem o erro como parte da aprendizagem”, por isso não se preocupe em fazer tudo certo já da primeira vez (ou da segunda, ou da terceira). Se você errar, não tem problema, não tem punição, você aprendeu! Se não der certo na primeira vez, tente de novo.
3. Explorar novas maneiras de aprender!
A aprendizagem das novas tecnologias e suas ferramentas não é linear. Não há mais “um passo antes do outro”. Assim como você pode navegar na internet por links (hipertexto!), você também pode aprender em pequenas doses, em passos não seqüenciais, explorando o que lhe parecer melhor naquele momento e criando seu próprio percurso de aprendizagem. Entenda isso como uma hiperaprendizagem.
4. Integrar-se às redes sociais e aprender colaborativamente!
Há livros, manuais, tutoriais e mesmo cursos para se aprender qualquer coisa que você quiser, e todos eles estão disponíveis na internet, mas a forma mais eficiente de aprender algo que você ainda não sabe, e nem sabe onde encontrar a resposta, consiste simplesmente em “perguntar para outras pessoas”! Quer dar seus primeiros passos no Twitter e não sabe por onde começar? Comece perguntando para alguém que já sabe! O conhecimento não está mais apenas nos livros, ele também está nas pessoas!
5. Explorar possibilidades e ser criativo!
Você pode ler muitos livros sobre o uso de certa ferramenta ou TIC, pode assistir a palestras, participar de simpósios, congressos, redes sociais, etc., e trocar idéias com pessoas que já utilizam essa ferramenta ou tecnologia. Tudo isso irá lhe ajudar bastante a aprender sobre o uso das TICs, mas você poderá obter resultados ainda melhores se o tempo todo perguntar para si mesmo coisas como: “o que eu posso fazer com isso? Como eu posso usar o Twitter para mim mesmo? E com os meus alunos?”. Só você conhece melhor que todos os outros a sua realidade, as suas necessidades e os seus próprios desejos.
6. Ser autônomo, não esperar passivamente por ajuda e nem desistir sem antes tentar!
Há pessoas que desistem de algo sem nem mesmo tentar antes. Ficam eternamente à espera de alguém que lhes mostre todos os caminhos, que lhes dê todas as respostas (corretas!). Não seja uma delas. Respostas perfeitas e pessoas que as saibam dar já não existem mais. Se tiver uma idéia que “gostaria que desse certo”, tente implementá-la. Se algumas tentativas falharem, não desista, isso não se chama “fracasso”, chama-se “aprendizagem”!
7. Aprender a ter prazer na aprendizagem!
Assim como os alunos não aprendem facilmente aquilo que eles desgostam, os professores também reagem da mesma forma. Só aprendemos coisas que queremos aprender, coisas que nos dão alguma satisfação, algum prazer, quando a aprendemos. Por isso, se você não aprender a ter prazer em dar uma aula melhor usando um novo recurso, nunca vai aprender a usar o recurso, e nem vai melhorar sua aula. E o que é pior: se você não aprende com prazer, então também não ensina com prazer e, por isso mesmo, não desperta o prazer no seu aprendiz. Tudo o que fazemos apenas por obrigação acaba caindo na vala comum da mediocridade. Ensino é paixão e o professor apaixonado pelo bom ensino é a melhor tecnologia que existe para ensinar.
8. Aprender a compartilhar conhecimento, dúvidas e sonhos!
Não basta aprender, não basta ser capaz de fazer; é preciso “fazer de fato” e compartilhar o conhecimento para que outros aprendam e façam. É preciso sonhar grande! Se você aprendeu como usar o Twitter, experimentou usá-lo e até já colecionou algumas dicas, então é hora de usar o potencial dessa ferramenta para compartilhar! Compartilhar seu conhecimento sobre a ferramenta, mas não só isso, pois agora você poderá compartilhar uma infinidade de outros conhecimentos usando essa ferramenta como instrumento de ensino. Você também faz parte da construção dos novos conhecimentos.
9. Aprender a ensinar o outro a aprender a aprender!
Para “estar atualizado” não é preciso ter “todas” as informações, mas é preciso aprender a encontrá-las, compreendê-las, utilizá-las, modificá-las, expandi-las e compartilhá-las. E é exatamente isso que precisamos ensinar às novas gerações! E não é nada fácil ensinar ao outro aquilo nem nós mesmos sabemos; por isso precisamos aprender a aprender antes de tentar ensinar isso aos nossos alunos. Se você mesmo não se sentir capaz de aprender, nunca vai desenvolver essa competência em seus alunos.
10. Aprender a estar eternamente insatisfeito!
Se você acha que esses “novos” paradigmas vão resolver o seu problema, se acha que eles bastam, ou apenas concorda com eles, sem ressalvas, então, talvez você não tenha entendido nada! Todos esses paradigmas juntos significam apenas que cabe a você compreendê-los, aplicá-los, reformulá-los, ampliá-los, reconstruí-los e, então, compartilhar com outros a “sua versão” deles. Aceite-os apenas como um desafio para que você mesmo possa reescrevê-los e compartilhá-los com outras pessoas.
 Uma tarefa...
Elabore mais um mandamento e acrescente-o à lista elaborada pelo autor.

Encerrando a nossa aula... Estágios evolutivos da apropriação tecnológica pelo professor



A apropriação de que falamos não acontece de um momento para outro, mas em cinco estágios, de forma progressiva e gradual. São eles:
Estágio
Exemplos do que fazem os professores
Entrada
Aprendem as habilidades básicas para lidar com Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Adoção
Usam as TIC nas práticas pedagógicas tradicionais
Adaptação
Integram as TIC às atividades de sala de aula, principalmente com foco na produção dos alunos.
Apropriação
Focam o trabalho cooperativo, projetos de aprendizagem e interdisciplinaridade, incorporando as TIC quando ela é necessária, como uma entre muitas ferramentas.
Invenção
Descobrem novas formas de utilizar as ferramentas e combinam múltiplas tecnologias.

Referências bibliográficas
ANTONIO, José Carlos. As TICs, a Escola e o Futuro. Professor Digital. Disponível em: http://professordigital.wordpress.com/2011/01/20/as-tics-a-escola-e-o-futuro.
BASTOS, João Augusto de Souza. Educação Tecnológica: conceitos, características e perspectivas. In: Revista Tecnologia e Interação. Curitiba: CEFET-PR, 1998.
BRITO Gláucia da Silva. PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. Curitiba: Ibpex, 2006.
SANCHO, Juana Maria. Para uma Tecnologia Educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.



sábado, 15 de junho de 2013


SEMANA DE 17 A 21 DE JUNHO

Queridos alunos, 

Teríamos uma aula presencial na quarta-feira, dia 19 de junho, para a discussão dos resultados parciais dos trabalhos dos grupos.

No entanto, temos um jogo do Brasil agendado para a tarde do mesmo dia, além da suspensão das aulas no dia 25, em função da realização de um jogo no Maracanã.
Vários alunos alertaram a possibilidade de termos o esvaziamento do nosso encontro e eté mesmo da suspensão do expediente na UERJ.

Resolvi então disponibilizar um excelente material de leitura, que pode ajudá-los na elaboração dos trabalhos finais. Trata-se do Boletim nº 18 do "Salto para o Futuro" cujo tema é "Educação Digital e Tecnologias da Informação e da Comunicação".
Trata-se de uma leitura agradável, de linguagem simples. 

Chamamos especial atenção para o terceiro tópico da coletânea: "Formação para Educadores", da autoria de José Manuel Morán.

O texto completo da coletânea pode ser acessado em 
http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/173815Edu-digital.pdf

Aproveito para lembrar que a nossa abordagem da tecnologia aplicada à mediação pedagógica não exclui a ideia de que todo o processo que envolve seres humanos sempre envolve a dimensão do sensível.Assim, sugiro o vídeo de uma belíssima música dos Paralamas do Sucesso chamada "Tendo a Lua", que inclui o belíssimo Verso "O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu".

http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/30133/



Assim é a aplicação das TIC à Educação: o progresso científico almejado por Galileu associado à beleza da mitologia do "voo de Ícaro" para a liberdade do conhecimento.

Bom final de semana para todos!!!

domingo, 9 de junho de 2013


SEMANA DE 10 A 14 DE JUNHO

Síntese das teorias estudadas


Na aula de hoje vamos estabelecer uma comparação entre as quatro teorias estudadas até agora principalmente no que diz respeito aos conceitos de aprendizagem e de mediação.
Para isso sugerimos que você faça uma rápida releitura das quatro aulas anteriores
Vamos lá, então...
O conceito de mediação tem sua abordagem exponencial em Vygotsky, que teve com principal objetivo construir uma psicologia e uma pedagogia no quadro teórico-epistemológico do marxismo.



Para Vygotsky:
Mediação em termos genéricos é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então, de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento (OLIVEIRA, 2002, p. 26).
Acrescenta, além disso, que:
O processo de mediação, por meio de instrumentos e signos, é fundamental para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, distinguindo o homem dos outros animais. A mediação é um processo essencial para tornar possíveis as atividades psicológicas voluntárias, intencionais, controladas pelo próprio indivíduo (Op. Cit., p. 33).

1. O conceito de aprendizagem




Teórico

Aprendizagem é...

Bandura
A aprendizagem é um processo que ocorre através da observação e imitação social de modelos no decorrer das relações interpessoais. O indivíduo aprende comportamentos novos ou modifica comportamentos existentes em virtude das respostas dos outros (avaliação do meio social).
Ausubel
A aprendizagem real deve ser significativa, o que ocorre quando uma nova ideia se relaciona aos conhecimentos prévios do indivíduo. Para que isso aconteça é necessário que as situações de aprendizagem propostas pelo professor façam sentido, para que o aluno amplie, avalia, atualize e reconfigure a informação anterior, transformando-a em nova.
Gagné
A aprendizagem ocorre através do processamento da informação, uma mudança de estado interior que não pode ser atribuída à maturação e que se manifesta através da mudança de comportamento e na persistência dessa mudança.
Bruner
Aprendizagem é a compreensão geral da estrutura de uma determinada matéria através da exploração de alternativas que o ambiente ou conteúdo de ensino deve proporcionar, para que o aluno possa inferir relações e estabelecer similaridades entre as ideias apresentadas, favorecendo a descoberta de princípios ou relações.


2. O conceito de mediação pedagógica

Agora vamos comparar o conceito de mediação pedagógica que encontramos nos quatro teóricos estudados.
Sugerimos antes que você assista a um vídeo chamado “Mediação pedagógica e o uso das tecnologias”. Ele apresenta um mapa conceitual animado através de um software livre que vem sendo considerado substitutivo do Powerpoint, chamado PREZI. Ele pode ser baixado gratuitamente em https://prezi.com/desktop/.

Experimente e faça algumas simulações de apresentações utilizando o software.
Veja o vídeo:


 Nos quatro autores temos:

Teórico

Mediação é...
Bandura
A grande “ferramenta de mediação” para Bandura é o professor, que atua como modelo para a observação e a modelagem do comportamento do aluno. Ele é promotor da auto eficácia do aluno, uma avaliação subjetiva que fazemos a respeito das nossas capacidades diante de  determinadas situações levando em conta nossa bagagem pessoal e as diferentes  condições contextuais que se apresentam ao longo da nossa trajetória como sujeitos  modificadores e modificados pelo ambiente..
Ausubel
Para o teórico a mediação é feita principalmente pelo material considerado significativo pelo aluno. Ele precisa apresentar conceitos básicos, “subsunçores”, onde vão ancorar os conhecimentos novos para a construção de novos conhecimentos.
Gagné
A mediação para este autor consiste no processamento da informação captada pelos órgãos sensoriais (registro sensorial), seu armazenamento na memória de curta duração e o acoplamento à memória de longa duração.
Bruner
Para Bruner a mediação consiste na construção de “andaimes” (scaffolding, originalmente) na interação em sala se aula. No processo de construção do conhecimento o aluno segue sozinho até certo ponto determinado por ele (desenvolvimento real) e o adulto poderá dar “pistas de contextualização” (através da linguagem, do ensino da estrutura da matéria, da adequação à etapa de representação do mundo em que se encontra quem aprende) que o façam progredir em sua cognição no momento em que necessitar do auxílio dele (desenvolvimento potencial). É necessário que o professor desenvolva a prática de promover pistas que levem os alunos a refletirem sobre o conhecimento e que os façam desvendá-lo com autonomia.

3. Encerrando a nossa aula

Vamos terminar a nossa aula com uma pequena “brincadeira”.
A seguir você vai encontrar quatro charges, cada uma relacionada ao referencial teórico de um dos quatro autores que estudamos. Coloque, ao final de cada uma, o nome desse teórico.
Algumas charges podem ter relação com mais de um teórico, mas basta que você possa justificar a sua escolha por um deles.
Ao final apresentamos um “gabarito” da resposta correta.
Divirta-se!!!

1ª charge:

Teórico: ...................................

Conceito a que a charge se relaciona - ....................................



2ª charge:



Teórico: ...................................

Conceito a que a charge se relaciona - ....................................

3ª charge:


Teórico: ...................................

Conceito a que a charge se relaciona - ....................................



4ª charge:


Teórico: ...................................

Conceito a que a charge se relaciona - ....................................


RESPOSTA ESPERADA


CHARGE


AUTOR


CONCEITO
Bandura
Aprendizagem através da imitação de modelos.
Bruner
Aprendizagem por descoberta.
Ausubel
Aprendizagem significativa.
Gagné
Processamento da informação para a construção de novos conhecimentos.

Referências bibliográficas

OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 2002.